“Fale sobre coisas alegres, como flores se abrindo ao toque gentil dos primeiros raios de sol”, ela diz, mas só vejo flores se abrindo em agonia entre o abraço apertado de um sol ensandecido.
Em seus olhos minha alegria se dissipa, a realidade toma de assalto meu plano de fuga e as cores voltam-se para si, mostrando seu avesso. Ar denso, quase consigo andar na poeira que sobe no vento morno que arde dentro do pulmão. Solto a fumaça e logo tudo fica dormente... mente... minto... para mim mesmo na mente e para os outros, no sorriso.
Só isso, e tudo gira ou se arrasta, não há outro modo. Deve ser por isso que sinto essa vontade louca de correr, correr até bater na parede, assim, livremente, até a parede deixar de ser parede e eu deixar de ser eu. Aí então começa tudo. O fim toma a palavra e diz: “agora que já não resta mais nada, que tal reinventarmos tudo?”. O fim está louco, mas ninguém fala nada porque, no fundo, é essa loucura que faz o começo do novo.
Em seus olhos minha alegria se dissipa, a realidade toma de assalto meu plano de fuga e as cores voltam-se para si, mostrando seu avesso. Ar denso, quase consigo andar na poeira que sobe no vento morno que arde dentro do pulmão. Solto a fumaça e logo tudo fica dormente... mente... minto... para mim mesmo na mente e para os outros, no sorriso.
Só isso, e tudo gira ou se arrasta, não há outro modo. Deve ser por isso que sinto essa vontade louca de correr, correr até bater na parede, assim, livremente, até a parede deixar de ser parede e eu deixar de ser eu. Aí então começa tudo. O fim toma a palavra e diz: “agora que já não resta mais nada, que tal reinventarmos tudo?”. O fim está louco, mas ninguém fala nada porque, no fundo, é essa loucura que faz o começo do novo.